segunda-feira, 17 de março de 2008

O Peixe, de Patativa do Assaré.

Tendo por berço o lago cristalino
folga o Peixe, a nadar todo inocente.
medo ou receio do porvir não sente,
pois vive incauto do fatal destino.

Se a ponta de um fio longo e fino
a isca avista, ferra-a inconsciente,
ficando o pobre peixe de repente,
preso ao anzol do pescador ladino.

O camponês, também, no nosso estado,
ante a campanha eleitoral, coitado!
Daquele peixe tem a mesma sorte.

(O prof. Renan distribuiu esse poema hoje para a leitura em sala)

Antes do pleito, festa, riso e gosto,
depois do pleito, imposto e mais imposto.
Pobre matuto do sertão do Norte!

2 comentários:

Unknown disse...

muito bonito esse poema

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.