sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Comentários

1) O iluminismo foi um movimento intelectual que buscou combater o absolutismo, questionando a centralização de poderes do rei; combater o pensamento místico-religioso e suas explicações para o mundo; e realizar essas explicações de forma racional.

2) Aquino foi o mais importante pensador católico no início da baixa idade média. Tentou uma conciliação entre razão e fé.

3) Hobbes foi um pensador que legitimou o absolutismo monárquico, tendo vivido no século XVII.

4) O objetivo dos "socialistas científicos" ou marxistas era a superação da sociedade capitalista através de uma revolução social, que instaurasse o socialismo, que um dia viria a tornar-se o comunismo.

5) A consolidação da revolução industrial na Inglaterra levou à defesa da idéia do liberalismo e do fim das barreiras alfandegárias entre os países. Adam Smith (A Riqueza das Nações) dizia que a "mão invisível do mercado" regularia as relações entre as nações.

6) Os liberais defendiam a abertura dos mercados conforme comentamos acima e, principalmente a partir de 1850, a realização de reformas que ajudassem a controlar a questão social.

7) Os anarquistas defendiam essas idéias. Eles eram favoráveis a uma revolução social que levasse imediatamente à extinção do estado, diferentemente dos comunistas, que defendiam a organização de uma etapa intermediária, que seria o socialismo.

8) Confederação Germânica e Zollverein tem a ver com a Alemanha, óbvio, não?

9) Inglaterra. A Alemanha está excluída como possibilidade porque a questão faz referência a todo o século XIX. Enquanto que a França, os EUA e a Holanda não possuíam essa condição de maiores exportadores mundiais.

10) Entre os fatores que contribuíram para a Revolução Russa, sem dúvida, esteve a falta de sensibilidade e competência dos czares em fazer reformas sociais, a crise militar provocada pelas derrotas na I Guerra e a profunda miséria das populações camponesas.

Gabaritos da 301 e 302 - Simulado

21 A
22 D
23 D
24 D
25 E
26 B
27 E
28 A
29 B
30 B

Depois da homenagem ao Sport, outra para o Santa. E aí, Fivo?

JC, 29/02/08

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Novo! Blog da Espcex! Divulguem!

Oi turma. Comecei agora há pouco um novo blog, voltado para as turmas da espcex. Nele discutiremos os temas de história abordados pelo programa do concurso dos meninos. Colaborem divulgando o endereço para todos. Vocês tem os emails dos colegas, então, mãos à obra para espalhar o endereço do blog. Hoje ele tem pouca coisa, mas amanhã eu já estarei "alimentando" a página. rsrsrs

www.espcex.blogspot.com

Valeu. Um abraço.

EUA e Coréia do Norte: post escriptum da Guerra Fria.

Oi turma. Segue abaixo, um ótimo editorial do New York Times sobre as relações entre os EUA e a Coréia do Norte. Nos últimos dias a imprensa noticiou a apresentação da orquestra sinfônica de Nova York na Coréia e o fato como um verdadeiro lance de diplomacia. Para entender mais, temos que nos voltar para o século XX e rever tanto a Guerra Fria quanto repassar os interesses norte-americanos no sudeste asiático. Confiram.

http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2008/02/28/editorial_a_relacao_problematica_entre_os_eua_e_a_coreia_do_norte__1209622.html

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O campo depende cada vez mais da cidade ou os perigos do senso comum.

Oi pessoal. Surgiu um debate interessante hoje que vale a pena retormar e pensar mais sobre ele. A pergunta foi: a cidade depende do campo ou o campo é que depende da cidade. Temos duas observações a fazer sobre isso. A primeira, trata da diferença entre as nossas impressões e opiniões pessoais e aquilo que é ciência, demonstrável e que é o objeto do aprendizado escolar. A segunda, a resposta para a questão.

Primeiro, chamamos de senso comum as opiniões gerais que temos sobre determinados assuntos. É o popular "achismo": "eu acho que é assim". O senso comum traz nossos conhecimentos prévios sobre uma infinidade de coisas, ele nos fornece os saberes necessários ao nosso relacionamento cotidiano na sociedade. Mas ele também traz problemas: de início, pode ser bastante preconceituoso. Por exemplo, podemos chamar de senso comum afirmativas que tratam o tal povo como preguiçoso (dizer que o baiano, o brasileiro ou o índio são preguiçosos, por exemplo). Nada há de concreto que comprovem tais opiniões, mas o povão continua a proferi-las.

Outra dificuldade com o senso comum é tratar as situações que ele busca explicar de forma pouco aprofundada, contentando-se com as aparências do problema. O senso comum não examina profundamente nenhuma questão, dá os seus posicionamentos sempre de forma genérica e baseada em estereótipos. O papel do conhecimento científico, acadêmico, da escola, do pensamento racional, enfim, é desmistificar o senso comum. Vejamos um exemplo clássico: durante séculos, acreditou-se que o Sol girava em torno da Terra por uma evidência claríssima, lógica e de muito difícil refutação: nós vemos diariamente, por toda a nossa vida, o Sol descrevendo o seu percurso sobre a Terra!

Aliás, o senso comum também fez Josué se enganar ao interpretar os acontecimentos das batalhas em torno das muralhas de Jericó. Segundo o episódio narrado pela Bíblia, Josué orou e Deus, para que ele vencesse os inimigos dentro de Jericó, fez o Sol parar! Ora, se é a Terra que gira em torno do Sol, ele não pode parar, percebe? Se você é um religioso, calma! Eu não estou dizendo que a Bíblia está errada nem que o episódio não aconteceu. Estou dizendo apenas que, se ele ocorreu, Josué entendeu e escreveu errado. O senso comum lhe dizia que Deus havia parado o Sol, quando, na verdade, a Terra é que teria parado de girar (repito, de acordo com os religiosos). Isso é tão sério que o texto do livro de Josué foi usado por toda a Idade Média para provar que a Terra era o centro do Universo. Estão percebendo a diferença entre o senso comum e o pensamento científico e como essas discrepâncias são fáceis e constantes? Poderíamos resumir assim: nem tudo é o que parece!

Finalmente, nossa resposta. À medida em que o século XX avançou, o campo depende de forma cada vez mais da cidade. Pode contrariar o nosso senso comum, mas é assim. Vejamos. Os agricultores dependem dos financiamentos públicos (dos governos) e privados para realizarem as suas safras. Todos os anos, antes de iniciar a safra, agricultores pressionam o governo por mais verbas para o plantio e colheita. Pequenos agricultores dependem da distribuição de sementes por parte do Estado. Alguns exigem mesmo que o Estado garanta um preço mínimo para o que ele vai vender. As sementes dependem cada vez mais das pesquisas realizadas nos centros universitários e pelas grandes empresas químicas. É aqui que a discussão dos transgênicos ganha importância crucial. Ora, já há hoje sementes fabricadas em laboratório que não germinam uma segunda geração. Ou seja, depois da colheita o agricultor teria que procurar novamenta a empresa para comprar dela as novas sementes para a nova safra! Tais práticas ainda não foram implementadas por causa da resistência e questionamentos da própria sociedade diante de tal absurdo. O planejamento da safra, o que vai ser plantado é definido também nos grandes centros, tanto por governos, quanto por grandes multinacionais, que dizem mesmo o que e onde tal ou qual produto deverá ser cultivado. O campo, na sociedade contemporânea, depende da cidade.

Um abraço, boas reflexões, e pensem no perigo de usar o senso comum para dar explicações acadêmicas para

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

TV, cabelos e consumismo.

Já li em algum lugar sobre uma pesquisa feita entre universitários norte-americanos sobre a influência que a imagem exerce sobre as pessoas. Os membros do time de futebol americano (fortes, atléticos, imagem de saudáveis, ok?) passavam a usar uma fita vermelha amarrada a um dos tornozelos. Algum tempo depois, a maioria dos outros rapazes também estavam utilizando fitas vermelhas amarradas aos seus tornozelos. Conclusão: o time possuía uma imagem positiva com a qual os demais jovens, inconscientemente, buscavam associar-se. Usar a fita era uma forma de identificar-se com o time e tudo aquilo que ele simboliza, com várias formas de prestígio e poder.

A televisão também dita moda entre nós e isso não é um segredo para ninguém. Vejamos o caso (triste, em minha opinião) da novelinha global, a malhação. De repente, a TV passa a apresentar um jovem (que ela mostra como estudante, que vergonha de estudante!) usando cabelos grandes (versão pós-moderna do Black Power) e... não dá outra! Milhares de jovens pelo país afora passam a apresentar suas madeixas crescidas, à semelhança do pseudo-estudante televisivo. Vale lembrar que a moda tem sua representação de acordo com a época. Na década de 60 os cabelos encarapinhados crescidos demonstravam uma insatisfação genérica contra o sistema. Era a época da contracultura americana, do movimento hippie, dos protestos contra a guerra do Vietnã, etc. Hoje estão ligados a um consumismo desregrado, sem limites, a uma cultura individualista (no pior sentido desse termo) e que se esgota no culto ao próprio corpo.

A TV e o mercado jogam com o próprio sentimento de rebeldia, natural da adolescência, para conduzi-la, refreá-la, limitá-la e, contradição das contradições, controlar e conduzir o jovem para o consumismo. Para demonstrar suas insatisfações, ele deve comprar uma calça esfarrapada, comprar aquela pulseira, aquele colar, aquele piercing, aquela mochila, deixar o cabelo crescer daquela forma, imitar aqueles gestos, enfim. O resultado, infelizmente, é uma garotada cada vez mais uniformizada pelo que de pior a mídia pode produzir.

Recordar é viver. Homenagem ao gol de Romário contra o Sport. rsrsrs


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Procurando por postagens que já saíram da página principal?

Procurando por postagens que já saíram da página principal? Procure no ARQUIVO DO BLOG, do lado esquerdo, abaixo. Valeu. Tchau.

Medo de atentado faz Obama reforçar a segurança.

A NOTÍCIA ABAIXO FOI EXTRAÍDA DO BLOG DO PAULO MOREIRA LEITE, JORNALISTA, REPORTER ESPECIAL DO IG, JÁ FOI REDATOR CHEFE DA VEJA E DIRETOR DE REDAÇÃO DA ÉPOCA (VOCÊ ACESSA O BLOG DELE PELO PORTAL DO IG).

O New York Times revela hoje um dos segredos de polichinelo da campanha presidencial: Barack Obama é um candidato com a segurança reforçada, mobilizando agentes e recursos num volume maior do que Hillary Clinton, que tem direito a segurança do Estado porque é primeira-dama.

A proteção a Obama se explica pela violência da sociedade americana, em geral, e pelos assassinatos políticos, em particular. Obama costuma ser comparado com políticos que despertaram grandes esperanças na população -- John Kennedy, Martin Luther King, Bob Kennedey -- e que morreram assassinados nos anos 60, isto é, há menos de 50 anos.

Não há suspeitas concretas sobre eventuais atentados contra Obama. São temores baseados nos crimes anteriores mas, mesmo assim, o receio é bem maior do que se poderia imaginar. É partilhado por políticos experimentados, que pressionaram Obama para convencê-lo a só circular pelo país com a proteção reforçado. Sua campanha conta com os homens do serviço secreto desde 3 de maio do ano passado -- jamais um presidenciável requisitou esse auxílio com tanta antecedência.

Cabos-eleitorais e militantes da campanha de Obama, que conhecem as doenças subterrâneas da cultura americana, também se ocupam do assunto. Uma diplomata branca, que tomou a iniciativa de chamar minha atenção sobre o tema, me fala dos supremacistas, aqueles cidadãos que se auto-nomearam defensores da superioridade racial. "Isso só existe em nosso país," diz ela. "Você pode ter certeza que os negros americanos sabem disso, pensam nisso, mas tem até medo de falar sobre isso," me disse Mavel Jones, que é funcionaria graduada de uma grande seguradora, ocupada com clientes de baixa renda e serviço comunitário junto a população do Harlem, em Nova York. Com antepassados negros e portoriquenhos, Mavel diz:"Alguns negros tem medo até de votar em Obama pelo receio de que possa lhe acontecer alguma coisa. Não votam nele para protgê-lo."

Crimes políticos existem em diversos países mas aqueles que ocorrem nos Estados Unidos tem uma traço comum: dificilmente se consegue apontar uma explicação para gestos tão extremos. Sempre fica uma penumbra misteriosa, entre o radicalismo político e a doença mental. Os assassinos são presos, costumam ser condenados mas não se sabe a razão exata daquilo que fizeram, por que fizeram -- o que torna tudo mais incerto e assustador.

Mesmo quem acredita que Lee Oswald planejou e executou o assassinato de John Kennedy por conta própria não consegue explicar sua motivação profunda. Muito menos se entende a razão que levou o assassino de Robert Kennedy a apertar o gatilho. Mas ninguém tem dúvidas sobre as causas que motivaram a morte de Martin Luther King, num momento em que a luta por direitos civis ganhava terreno. King morreu como o mais importante líder da população negra americana em sua história -- e é este antecedente que aumenta a preocupação em torno de Obama.

Leia a reportagem do New York Times (e treine o seu inglês)

http://www.nyt.com:

O Rio de Minha Aldeia (Fernando Pessoa como Alberto Caeiro)

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

Alberto Caeiro

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Quem foram Maistre e Beccaria.

Joseph Marie de Maistre (1763-1821), um dos mais ardentes adversários da Revolução Francesa, era pela restauração do poder teocrático representado pelo Rei e pelo Papa. Em "As Noites de São Petersburgo", pronuncia-se a favor da pena capital. Cesar Beccaria, Marquês de Beccaria (1738-1794) publicista italiano, em sua obra máxima Dei Delitti e Della Pene (Dos Delitos e das Penas), condena formalmente qualquer tipo de tortura, afirmando que a pena de morte excede o direito de defesa da sociedade. (Transcrito da nota de rodapé do livro citado).

Para os futuros alunos de Direito, a leitura de Beccaria será obrigatória nas aulas de Direito Penal, rsrsrsrs.

Os Miseráveis, de Vítor Hugo.

(...) "Quanto ao bispo, ver a guilhotina foi um choque do qual levou muito tempo para se restabelecer.

Com efeito, o patíbulo, quando está levantado, é algo que alucina. Pode-se considerar com certa indiferença a pena de morte, não aprová-la nem condená-la, enquanto não se tiver visto, com os próprios olhos, uma guilhotina; mas, vendo-se uma, o choque é violento e é preciso decidir-se ou a favor ou contra. Uns a admiram, como de Maistre; outros a detestam, como Beccaria. A guilhotina é a síntese de toda a lei; seu nome é vingança; não é absolutamente neutra, e não permite que continue neutro. Quem a vê se amedronta com o mais misterioso dos medos.
Todas as questões sociais levantam pontos de interrogação ao redor desse cutelo. O patíbulo é visão. O patíbulo não é simples armação de madeira, não é máquina: o patíbulo não é engenho inanimado feito de madeira, ferro e cordas. Parece um ser que possui não sei que iniciativa sombria; dir-se-ia que essa armação vê, que essa máquina entende, que esse mecanismo compreende, que essa madeira, esses ferros, essas cordas têm vontade própria. No pesadelo amedrontador em que lança a alma, o cadafalso se mostra terrível, confundindo-se com sua tarefa. O patíbulo é o cúmplice do carrasco; devora, alimenta-se de carne, sacia-se com sangue. É uma espécie de monstro fabricado pelo juiz e pelo carpinteiro, um espectro que parece viver uma vida feita de todas as mortes que ocasiona." (...)
Os Miseráveis, de Vítor Hugo. São Paulo, Editora Cosac & Naif, 2002. p.37.

Vitor Hugo e a pena de morte

Oi turma. Estou lendo "Os miseráveis", de Vítor Hugo. É um grande livro, extraordinário livro. É uma das primeiras obras que voltam o seu olhar para as questões e contradições sociais da sociedade européia do século XIX. Isso quer dizer que ela reflete sobre o mundo da revolução industrial e pós-Revolução Francesa. Outros autores também dedicaram suas obras ou parte delas para essa reflexão, a exemplo de Charles Dickens, na Inglaterra (Um conto de Natal, David Copperfield) e Emile Zola, também na França (Germinal, sobre a vida em uma aldeia cuja principal atividade econômica era a mineração de carvão). Esses autores estão intimamente relacionados aos movimentos romântico, naturalista e realista.

Uma boa dica para estudar seria assistir (ou rever) o filme "Os miseráveis", com Gerard Depardieu (aquele francês, do narigão) no papel de Jean Valjean. Eu, de minha parte, transcrevo no próximo post um trecho belíssimo, onde Hugo põe uma extraordinária reflexão sobre a pena de morte na fala do bispo Bienvenu, que reflete sobre o papel da guilhotina após assistir a um condenado a morte em seus últimos momentos.
Leia, salve no seu computador e lembre que o trecho traz ótimas reflexões para uma redação sobre o tema.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Prefeitura de São Paulo anuncia o fechamento de bibliotecas públicas

Pois é. Alguém se lembra de Monteiro Lobato dizendo, lá no início do século XX, que um país se faz com homens e livros? Confiram a notícia no link do jornal Folha de São Paulo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u373422.shtml

Democratas e Republicanos, regras diferentes nas primárias.

Um elemento que contribui para complicar as prévias americanas é a diferença das regras adotadas pelo Partido Democrata e pelo Partido Republicano. Entre os republicanos, quem ganha as prévias em um estado leva o voto de todos os representantes (delegados) daquele estado na convenção do partido. Por exemplo, a vitória de McCain sobre Huckabee faz com que TODOS os delegados do estado votem em McCain. Entre os democratas, os representantes são divididos proporcionalmente entre os candidatos, de acordo com a votação que eles obtiveram. Por exemplo, em um estado no qual Obama obteve 60% dos votos e Hillary 40%, os votos dos delegados são divididos da mesma forma.

MAS, ATENÇÃO! Existem, ainda, nos dois partidos, os super-delegados. Eles são figuras de importância dentro do partido que não precisam ser votados para participar da sua convenção, pois adquirem esse direito por serem senadores ou ex-presidentes, por exemplo. Todos os senadores de cada partido são superdelegados, bem como os ex-presidentes do país. Todos os superdelegados podem votar em quem quiserem, independente do resultado das votações de seus estados, daí o nome que tem.

Por isso, diante de um resultado muito apertado entre os delegados normais, eles podem fazer a diferença. Tanto Hillary quanto Obama estão marcando cerrado em cima de todos eles, para garantir a escolha do partido no meio do ano.

Brasil não tem mais dívida externa!

Não é brincadeira. Nesta quinta feira, o Banco Central divulgou o seu relatório onde anuncia que o valor atual da dívida líquida externa passou de 165 bilhões de dólares em 2003 para 4 bilhões no final de 2007. Atenção, não quer dizer que as dívidas já foram pagas, mas que as reservas de dólares do Brasil são maiores em 4 bilhões do que o total de suas dívidas, o que reforça o argumento de que o país está mais preparado para as crises externas. Aliás, nas recentes variações das bolsas de valores por conta da crise do mercado imobiliário americano, o Brasil já não foi nenhum pouco abalado.

Programa legal na Livraria Cultura

Oi turma. Seguem duas ótimas sugestões de atividades programadas pela Livraria Cultura, lá ao lado do Paço Alfândega.

No dia 06 de março, às 19:00 h, haverá uma palestra sobre a Revolução Pernambucana de 1817, quando a independência foi proclamada pela província e um governo autônomo funcionou durante cerca de três meses. Foi o movimento mais importante em direção à separação do Brasil do domínio português porque foi o único que conseguiu efetivamente chegar ao poder, mesmo que por pouco tempo. A inconfidência mineira (Tiradentes, 1789) e a baiana (1798) não passaram da fase conspiratória. Além do mais, a Assembléia Legislativa, após uma pesquisa, estabeleceu a data como comemorativa da história do estado.

No dia 14 de março, às 18:00 h, haverá declamação de poesia, em homenagem ao dia nacional da poesia, com a participação de vários poetas da cidade. Confira abaixo, no link da própria Livraria.

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/eventos/palestras.asp?sPagina=2&local=3&sid=01231607910125409921715011&k5=2D38AAE1&uid=

Relatório da ONU sobre o desenvolvimento humano

Oi turma. Segue abaixo o link para a página do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que traz o relatório sobre o desenvolvimento humano com um monte de tabelas e índices. Vale pelo assunto, que você estuda também em geografia (descubra na fonte todos aqueles índices de IDH, de gini, etc.). Vale também para treinar o inglês ou o espanhol, já que você também pode acessar a página ou baixar o relatório nessas línguas. Êita mundinho pequeno esse, o da internet (por isso a China não deixa o povo acessá-la livremente!) rsrsrs.

http://hdr.undp.org/en/reports/global/hdr2007-2008/chapters/portuguese/

Essa é pra quem gosta de desenho japonês...

Oi turma. Para aqueles que gostam de quadrinhos e desenhos japonês, aí vai uma boa novidade. Na verdade, é o lançamento dos desenhos de Akira, praticamente a primeira grande série japonesa em desenho, que faz aniversário de vinte aninhos. Akira se passa numa Tóquio pós-guerra nuclear, com muita radiação, futurismo, experiências genéticas, motos, velocidade, gangues juvenis e um futuro meio cinzento. (Bem diferente do mundo imaginado pelos europeus no século XIX, hem? Tão vendo que a história ajuda muito a entender o cotidiano e entender melhor até mesmo os desenhos? História é massa!!!). A série foi lançada também em quadrinhos, no início dos anos 90, eu mesmo tenho ainda uns exemplares. rsrsrs.

http://www.rollingstone.com.br/materia.aspx?idItem=1813&titulo=%3ci%3eAkira%3c%2fi%3e+ser%c3%a1+lan%c3%a7ado+em+DVD&Session=Di%c3%a1rias


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Charges.com.br

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

As primárias americanas

Sem dúvida, o noticiário sobre as eleições americanas deixa muita gente com a impressão de que o processo eleitoral é, no mínimo, muito complicado e uma bagunça. De fato, ele é relativamente simples.

É preciso entender, de início, que há uma diferença fundamental em relação ao Brasil. Aqui, os partidos é que escolhem os candidatos. Quando algum deles realiza algum processo interno de prévias para esta definição, a imprensa normalmente trata o fato como sendo um "sério conflito interno no partido", uma "divisão inconciliável" ou algo do termo. Nos EUA as prévias são vistas com absoluta normalidade e estão incorporados aos calendários dos partidos e ao cronograma eleitoral há uns quarenta anos.

O processo é dividido em duas fases. Na primeira, de janeiro a junho, são as eleições primárias, prévias onde os eleitores de cada estado vão às urnas para escolher quem eles desejam que seja o candidato de cada partido. Ou seja, nestas eleições que estão ocorrendo, os partidos estão escolhendo quem será o seu candidato para a eleição. Obama, Hillary, McCain, Huckabee, são todos candidatos a candidato.

Em junho ocorrem as convenções dos partidos onde os delegados eleitos nas primárias irão referendar os candidatos que foram vitoriosos nas prévias. A partir daí até o final de outubro é a campanha propriamente dita. Os candidatos escolhidos pelos partidos se enfrentarão até a eleição na primeira terça-feira de novembro. É isso.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Enquete da semana.

Oi turma. A enquete da semana é para estimular a pesquisa sobre as eleições americanas. Os sítios do UOL e do IG trazem especiais sobre o assunto com muitas informações, inclusive as idéias dos candidatos sobre a América Latina e o Brasil. Uma boa semana para todos. Ah, valeu pelos que responderam a enquete da semana passada. A charge abaixo foi publicada recentemente no Jornal do Commercio e lembra-nos em que medida o que acontece nos EUA repercute no planeta, para o bem e para o mal.

A metáfora do Titanic

A chegada do século XX deu-se, portanto, sob clima de entusiasmo para aqueles que podiam desfrutar das benesses de todas aquelas maravilhas da ciência e da modernidade. O período imediatamente anterior ao início da Primeira Guerra é chamado comumente de "belle èpoque". É nesse contexto que a construção do Titanic pode ser vista como uma metáfora dos tempos modernos, dos primeiros dias do século XX. O navio era o que de melhor e maior a tecnologia pôde construir e algo de particular importância foi o seu uso para o transporte de passageiros. O mundo estava ficando, efetivamente, menor.

Eu penso que a fala atribuída, acho que ao seu comandante, de que "nem Deus afunda este navio" não pode ser comprovada e tem algo de lendária. Mas, verdadeira ou não, o fato dela se propagar, mostra também, de uma forma geral, a força que ciência, a tecnologia, símbolos do progresso, tinham na época. Outra imagem forte que o navio traz é a sua divisão em classes, fato ainda mais tragicamente demonstrado entre as suas vítimas, a maioria entre aqueles que estavam nos porões. O navio que representava o progresso não possuia lugar de primeira classe para todos e seguia produzindo suas vítimas.

Seu naufrágio prenunciou algo que de terrível, os limites que o progresso parecia não ter, até então. Infelizmente, um pouco depois, a Europa Ocidental mergulhava na Grande Guerra de 1914 (como ela foi chamada até que a "segunda" começasse), de onde emergiu com um saldo de mais de 20 milhões de mortos. As técnicas e o progresso ampliavam igualmente as possibilidades da destruição coletiva. Nem bem as cicatrizes da guerra estavam fechadas, quando estourou a Segunda Guerra. O mundo assistiu ou soube depois, dos horrores do nazismo, dos campos de concentração, de extermínio e viu o início da era nuclear. A manhã de 06 de agosto de 1945 trazia pela primeira vez a perspectiva de que a espécie humana pudesse ser extinta por ela mesma. Éramos a única espécie, na verdade, a poder realizar tal proeza. A Razão estava definitivamente em xeque. O stalinismo também produziu, igualmente, os seus milhões de mortos na URSS totalitária. Por todo lugar, o otimismo que era o tom do século XIX estava em declínio.

O Poder e os cientistas precisavam a partir de então, refletir sobre si mesmo e suas responsabilidades. Muito da filosofia da segunda metade do século foi dedicada a essas discussões.

A Razão, o Progresso e o século XIX.

A crença, verdadeira fé, no poder criativo da Razão chegou ao auge no século XIX. Ela se apresentou, essencialmente, de duas maneiras.
Por um lado, as novidades da técnica. As maravilhas produzidas pelo avanço da ciência deixavam poucas possibilidades de que as pessoas não a achassem realmente capaz de resolver problemas milenares da humanidade, a exemplo de diversas doenças. As diversas invenções e descobertas ocorriam de forma acelerada e traziam mudanças espetaculares. O motor a combustão, o raio x, o telégrafo, a expansão das estradas de ferro, o petróleo, a eletricidade e os seus usos, o aço, os primeiros automóveis, as impressionantes construções e cidades que eram postas abaixo e reconstruídas (Paris e São Petersburgo foram os exemplos mais perfeitos dessa ânsia destruidora-criadora), as descobertas da química e o surgimento de remédios e curas novas quase que a todo momento.
Em outro aspecto, as ligações entre a razão e a política. O século XIX foi um momento em que poucos duvidaram da capacidade do ser humano em projetar conscientemente (a Razão, novamente) a sociedade em que desejavam viver. E que essa sociedade seria melhor do que aquela em que viviam. Esse pensamento foi comum tanto aos revolucionários quanto aos conservadores. A velha Paris era cheia de becos, vielas, ruas estreitas e amplamente favorável ao erguimento das famosas barricadas, que se fizeram nas insurreições populares desde a Revolução Francesa. O prefeito Haussman, conservador, conduziu um amplo projeto de reforma urbana que pôs abaixo toda a "parte velha" da cidade, abrindo largas avenidas, iluminadas, e que até hoje convergem todas para uma praça central (onde está o Arco do Triunfo), com o objetivo declarado de melhor controlar as manifestações populares. No outro extremo, os marxistas acreditavam na criação consciente, racional, de uma sociedade de iguais, elaborando igualmente uma crítica racional ao sistema econômico e político vigentes.
O século XIX foi também considerado por muitos como o século da História. Durante o processo de unificação da Alemanha, os intelectuais construíram algumas das manifestações mais representativas do pensamento do século XIX: o Romantismo, o Folclore e a História. Em todos, a preocupação com o olhar voltado para o passado, para descobrir o que era a Alemanha, qual era a sua História, qual era a alma de seu povo, onde estavam as suas origens. Entre os alemães, consolidou-se a corrente da história positivista ou metódica. Sua grande preocupação era descobrir (hoje seria dito construir) um passado para a Alemanha. A história seria a enunciação dos atos praticados pelo governantes, suas políticas, suas guerras. Se a tarefa de clio se faz dessa forma, o papel do historiador seria, então, descobrir o documento que mostra o fato verdadeiro, colocá-lo em ordem cronológica e escrever um texto narrativo sobre os fatos descobertos. Assim, desenvolveu-se toda uma produção voltada para os grandes eventos, dirigidos pelos grandes líderes, que conduziam grandes batalhas, grandes negociações.
O aspecto dos metódicos que, ainda hoje, mais influencia a história é a sua preocupação em fazer a crítica do documento, isto é, verificar a sua autenticidade. Justamente, embora quase todos hoje questionem uma história que se preocupe apenas com o grande evento, mas ninguém nega a importância de aferir a correção do documento examinado.
ATENÇÃO PARA TODOS, PORQUE ESSA PARTE TEÓRICA É IMPORTANTE E MATÉRIA CONSTANTE NA FEDERAL E NA UPE.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Charge de Humberto - JC 16/02/08


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Efemérides em 2008.

Atenção para algumas datas que farão aniversários este ano:

A corte portuguesa no Rio de Janeiro - 200 anos
Confederação do Equador - 160 anos
Independência da Índia (contra o império britânico) - 60 anos
Criação do estado de Israel - 60 anos
Bossa Nova - 40 anos

Depois, mando outras datas. Que tal aproveitar o fim de semana para descobrir um pouco de Tom Jobim, Vinícius de Morais, João Gilberto? Pesquisar um pouco sobre a Bossa Nova, baixar uma música legal, enfim, aproveitar para ficar mais sabido?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Remanejamentos na UFPE e na UPE e novo vestibular na UFRPE

Oi pessoal! Saiu o 3o. remanejamento da UFPE , o 4o. da UPE e um novo vestibular na UFRPE, para vagas remanescentes nos campus do interior. Espalhem a notícia, digam para os colegas. Cliquem nos links abaixo e confiram.

http://jc.uol.com.br/especiais/vestibular2008/2008/02/14/not_284.php

http://jc.uol.com.br/especiais/vestibular2008/2008/02/13/not_283.php

http://jc.uol.com.br/especiais/vestibular2008/2008/02/09/not_282.php

A Razão e o seu século

O século XX foi marcado por um profundo questionamento sobre os valores construídos pelo mundo ocidental desde o século XV, que caracterizam a modernidade. Desde o renascimento, consolidou-se uma visão de mundo que é comumente chamada de racionalismo. Ela se constitui numa crença na capacidade de nossa razão explicar a natureza. Foi essa certeza que criou as ciências modernas, a física e a química, principalmente. Desde então difundiu-se a idéia de que através de meu raciocínio eu posso entender e explicar a natureza, descobrir as leis que a faz funcionar.

Pense assim: um religioso olha para o céu à noite e fica maravilhado "pelo poder de Deus, que sustenta todos os astros em seu lugar". O "homem da razão" olha o mesmo céu e buscará desvendar os mecanismos que o sustentam, a exemplo da "lei da gravitação dos corpos". Evidentemente, essas diferentes posturas iniciaram um certo distanciamento entre esses dois observadores (o velho confronto entre religião e ciência), que só foi agravado pela intensa repressão desencandeada pela Igreja Católica contra esses pensadores e que levou vários para as fogueiras medievais. Atualmente as mágoas e desconfianças mútuas ainda atrapalham muito a realização de um diálogo mais tranqüilo e comedido entre os pensadores das igrejas e da ciência. Mas lembre-se: não é um diálogo impossível.

Mas não bastava entender a natureza. Buscava-se entendê-la para dominá-la, explorá-la melhor, não necessariamente em um sentido negativo, como essas palavras podem levar a pensar. Efetivamente, a física e a química possibilitaram amplos avanços tecnológicos em todas as áreas da nossa vida, melhorando, facilitando, reduzindo a mortalidade, aumentando a produtividade agrícola, reduzindo a necessidade de força física no trabalho manual, enfim. Basta pensarmos nos benefícios que os inventos modernos nos proporcionam. A eletricidade, a penicilina, o raio x, a utilização das ondas de rádio, o chip, etc. etc. Durante o século XIX foi muito grande a percepção de que a ciência era capaz de maravilhas e que ela traria a solução de todos os problemas da humanidade. Com ela, teríamos paz, harmonia, o fim das doenças, o progresso. Foi no XIX que essas idéias ganharam corpo em uma filosofia, o positivismo, consolidada pelo pensador Auguste Conte e que reconhecia no pensamento científico a forma mais avançada e última do pensamento humano. Tais concepções apenas seriam abaladas, e seriamente, a partir das grandes guerra do século XX e do nazi-fascismo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

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