terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

As primárias americanas

Sem dúvida, o noticiário sobre as eleições americanas deixa muita gente com a impressão de que o processo eleitoral é, no mínimo, muito complicado e uma bagunça. De fato, ele é relativamente simples.

É preciso entender, de início, que há uma diferença fundamental em relação ao Brasil. Aqui, os partidos é que escolhem os candidatos. Quando algum deles realiza algum processo interno de prévias para esta definição, a imprensa normalmente trata o fato como sendo um "sério conflito interno no partido", uma "divisão inconciliável" ou algo do termo. Nos EUA as prévias são vistas com absoluta normalidade e estão incorporados aos calendários dos partidos e ao cronograma eleitoral há uns quarenta anos.

O processo é dividido em duas fases. Na primeira, de janeiro a junho, são as eleições primárias, prévias onde os eleitores de cada estado vão às urnas para escolher quem eles desejam que seja o candidato de cada partido. Ou seja, nestas eleições que estão ocorrendo, os partidos estão escolhendo quem será o seu candidato para a eleição. Obama, Hillary, McCain, Huckabee, são todos candidatos a candidato.

Em junho ocorrem as convenções dos partidos onde os delegados eleitos nas primárias irão referendar os candidatos que foram vitoriosos nas prévias. A partir daí até o final de outubro é a campanha propriamente dita. Os candidatos escolhidos pelos partidos se enfrentarão até a eleição na primeira terça-feira de novembro. É isso.

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